sábado, 7 de agosto de 2010

Cometa

A idéia popular de cometa é de um astro vistoso, com uma cabeça brilhane e uma longa cauda. Assim eram os objetos que causaram pânico a deversos povos antigos, talvez pelo fato de quebrarem a aparente imobilizado das estrelas. Quando se soube que a passagem do cometa de Halley seria visível (1910), era crença popular que o fato seria precursor de graves acontecimentos. Houve mesmo que pensasse em "fim do mundo".

Alguns cometas são realmente vistosos, mas grande número deles está relativamente distante, e muitos nem tem cauda. . Eles constituem importante fonte de informações sobre a origem do sistema solar, permitindo também o estudo de matérias sob condições físicas bastante peculiares.

Um núcleo com cabeleira e cauda

Distinguem-se, em um cometa, três partes característica:

a) O núcleo, com aparência de estrela, constituído de material sólido. É dificilmente observável e muito pouco conhecido devido a seu pequeno tamanho, que vai de dezenas a poucas centenas de quilômetros (o núcleo de Halley, por exemplo, seria de 16 quilômetros).

b) A cabeleira ou coma, uma atmosfera de forma aproximadamente esférica (no centro da qual está o núcleo). Constitui-se predominantemente de moléculas neutras e átomos com variável mistura de poeira. A superfície brilhante da coma decresce rapidamente com a distância do núcleo e não tem contorno difinido. O diâmetro é da ordem de 50.000 a 250.000 quilômetros.

c) A cauda, freqüentemente alcançando dimensões de 20 a 30 milhões de quilômetros. Gás e poeira estão presentes nelas mas separam-se no espaço, e seus caminhos tem curvaturas diferentes.

A expulsão de material comentário na direção contrária ao Sol forma a cauda. A força repulsiva, agindo sobre partículas de poeira, produz uma cauda bastante curva; a parte da cauda formada por gases tem curvatura menor, quase negligenciável. Nas caudas de poeira, as forças de repulsão são da mesma ordem de grandeza que a atração (gravitação) do Sol na posição do cometa.

Um cometa observado em 1843 tinha uma cauda de 320 milhões de quilômetros, cerca de duas vezes a distância da Terra ao Sol.

Observam-se também cometas várias caudas — como o de Chéseaux, que possui seis caudas.

As repetidas "viagens" ao redor do Sol provocam considerável desgaste nos cometas (sobretudo nos pequenos). Eles podem, entretanto, sobreviver a várias centenas de passagens pelo periélio, de modo que a vida de um cometa de curto período pode ser de alguns poucos milhares ou dezenas de milhares de anos. Os cometas de grande período, com periélios grande período, com periélios grandes, podem subsistir por centenas de milhares de passagens pelo periélio e sua vida média é comparável à do sistema solar.

Acredita-se que os cometas sejam compostos de um pequeno núcleo de gelo e poeira, sendo descritos como "bolas de neve sujas". Quando um cometa se aproxima do Sol, parte do núcleo vaporiza-se formando uma nuvem luminosa (a coma) e a cauda, que sempre está voltada em direção oposta do Sol. Apesar de o núcleo possuir apenas alguns quilômetros de diâmetro, as comas podem atingir até 1 milhão de quilômetros.

Supõe-se que os cometas se originam na Nuvem de Oort, a cerca de um ano-luz do Sol. A atração gravitacional de um planeta pode capturar um cometa em uma órbita fechada, que irá leva-lo periodicamente até as proximidades do Sol. O exemplo mais conhecido é o cometa Halley, que possui um período de 76 anos e recebeu esse nome em homenagem ao astrônomo inglês Edmond Halley (1656-1742), que previu seu retorno em 1758. Outros cometas podem possuir órbitas abertas, passando pelo Sol apenas uma vez e depois saindo do sistema solar para sempre.

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