quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Embriologia da pele e anexos

A pele e seus anexos têm origem dupla: epiderme, pêlos, unhas, glândulas sebáceas e sudoríparas tem origem ectodérmica e a derme tem origem mesodérmica.

Esquema mostrando cronologicamente os estágios de desenvolvimentos dos anexos epidérmicos.

Epiderme: Inicialmente é um epitélio simples cúbico porém com o passar do tempo passa a ter duas camadas, sendo a mais externa constituída por células achatadas. Gradualmente, graças à proliferação e diferenciação da camada mais profunda, ele se torna estratificado pavimentoso córneo, com suas camadas características: basal, espinhosa, granulosa e córnea.

Deme: Do mesoderma local originam-se fibroblastos que produzem fibras do conjuntivo, vasos sanguíneos e linfáticos e fibras musculares lisas dos músculos eretores do pêlo. O limite entre a derme e a epiderme, antes regular, torna-se irregular, formando saliências, as papilas dérmicas.

Formação da pele. Em A - quatro semanas. B - sete semanas. C - onze semanas, quando as células da perideme se queratinizam. D - recém- nascido. Observe que os prolongamentos dos melanócitos se estendem entre as células da epiderme suprindo-as com a melanina.

Pêlos: Formam-se pela proliferação da epiderme formando brotos epiteliais que se afunda no mesoderma subjacente. A extremidade de cada broto dilata-se e engloba uma porção do mesoderma formando a papila do pêlo. As células epidérmicas que envolvem a papila proliferam intensamente e se queratinizam, migrando para as superfície da pele formando o pêlo.

Glândulas sebáceas: Estas estruturas originam-se como divertículos do broto que originará o pêlo, divertículos esses que penetram no mesoderma que os envolve. Essa origem explica por que essas glândulas estão usualmente associadas a folículos pilosos, desembocando em tais estruturas.

Glândulas sudoríparas: Formam-se à custa de proliferações ectodérmicas, inicialmente sólidas, que se aprofundam no mesoderma. A parte mais profunda do broto enovela-se e forma o corpo da glândula, enquanto o restante transforma-se no seu ducto.

Por volta do 20º semana tem início o desenvolvimento das glândulas sudoríparas ( figuras A e B). Sua porção terminal enrola-se e forma o corpo da glândula enquanto as células centrais degeneram e formam a luz da glândula ( figura C). As células periféricas diferenciam-se em células secretoras e células mioepitelias contráteis.

Unhas: Estas formações derivam de espessamentos ectodérmicos que aparecem na extremidade dos dedos e artelhos. Mais tarde esse espessamento migra dorsalmente e sofre um intenso processo de cornificação chamado de unha.

O primórdio da unha é um espessamento da epiderme, o campo unguenal (figura A). Desenvolve-se a partir daí a placa unguenal que cresce em direção a ponta do dedo (figura B). A unha alcança a extremidade do dedo antes do nascimento (figua C).

Glândula mamária: originam-se em dois espessamentos epidérmicos paramedianos, que aparecem precocemente ao longo de todo o corpo do embrião, formando as linhas ou cristas mamárias. Normalmente esse espessamento persiste apenas em um local da região torácica, formando um espessamento ectodérmico de onde se originam aproximadamente 20 brotos epiteliais, que se afundam no mesoderma subjacente.

No 28º dia ocorre a formação das cristas mamária (figura A) e os sucessivos estágios de desenvolvimento (figuras B, C e D).

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