sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Geometria Molecular

Como podemos prever a geometria de uma molécula? Há um método relativamente moderno e bastante prático, divulgado por Ronald J. Gillespie na década de 60, chamado de Teoria da Repulsão dos Pares Eletrônicos da Camada de Valência. Apesar do nome um tanto complicado, as idéias envolvidas são bastante simples.

Balões de gás: Uma interessante analogia

Se enchêssemos dói balões de gás (bexigas usadas em festas infantis), os amarrássemos pela boca e os soltássemos sobre o chão, em que disposição geométrica eles iriam cair? E se repetíssemos esse procedimento usando três a quatro balões?

Perceba que os balões se afastam o máximo possível um do outro. Unindo os seus centros imaginários, conseguiríamos um segmento de linha reta, um triângulo eqüilátero e um tetraedro.

Do mesmo modo que os balões procuram se afastar ao máximo um do outro, os pares de elétrons existentes ao redor do átomo central de uma molécula também tenderão a se afastar ao máximo, pois Possuindo todos carga de mesmo sinal (negativo), eles se repelem mutuamente.

Para determinar a geometria de uma molécula, a teoria da Repulsão dos Pares Eletrônicos da Camada de Valência propõe a seqüência:

1º passo: Escreva a formula eletrônica da substância e conte quanto “pares de elétrons” existem ao redor do átomo central. Entenda por “par de elétrons”

* uma ligação covalente simples, dupla, tripla ou dativa;
* par de elétrons não-usado em ligação.

2º passo: Escolha a disposição geométrica que distribua esses”pares de elétrons”, assegurando a máxima distancia entre eles:

Número de “pares de elétrons”


2


3


4

Distribuição escolhida


Segmento de reta


Triângulo eqüilátero


Tetraedro


3° passo: Apesar de serem os pares de elétrons que determinam a distribuição geométrica ao redor do átomo central, a geometria molecular é uma expressão da posição relativa dos núcleos dos átomos nela presente. Assim, considerando apenas os átomos unidos ao central (e ignorando, portanto, os pares de elétrons não usados em ligações), determinamos, finalmente, a geometria da molécula.

Observação: No caso de uma molécula biatômica, isto é, formada apenas por dois átomos, a geometria é necessariamente linear, pois não há outro arranjo possível.

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