O "Manual de Redação" da Presidência da República, que é um norteador da correspon-dência oficial no Brasil, publicado na época de Itamar Franco, define como telegrama toda co-municação oficial expedida por meio de telegrafi-a, telex. As agências dos Correios possuem im-pressos próprios para telegrama.
Acredito que o telegrama seja um instrumento de comunicação em extinção diante da democratização da telefonia, pois o telégrafo e o telex estão ficando obsoletos. Atualmente os Correios atendem seus clientes de telegramas por telefone; e ainda mais, programam a emissão dos telegramas a seus clientes.
Exemplo: Aniversário de um amigo ou parente na próxima sexta-feira. É mais chique e cômodo passar um telegrama. Pega-se o telefone, liga-se hoje (terça-feira) à agência central dos Correios, dita-se o texto e pede-se ao funcionário que a entrega deve ser feita na sexta-feira de manhã. Assim, não se corre o risco de esquecer a data do Aniversário da pessoa querida.
Se o cliente quiser, recebe em casa a cópia do telegrama remetido (ou a ser remetido). A única coisa amarga deste procedimento é receber o custo do telegrama na conta mensal do telefone.
Não é tão simples redigir um telegrama, porque sua linguagem possui características pró-prias. A omissão das palavras desnecessárias (adjuntos adnominais e adverbiais) não tem apenas a finalidade de reduzir seu custo, é também uma questão de competência.
José Roberto Whitaker Penteado, em seu livro "Relações Públicas nas Empresas Moder-nas", afirma que o telegrama é um veículo emocional, sempre provoca um choque em quem o recebe.
Odacir Beltrão sugere abreviações e nelogismos na linguagem telegráfica, como: ATEH (para até), IMPAGO (não pago), VOSSENHORIA (para Vossa Senhoria) AVBRASIL (para Av. Brasil), GAMALIMA (para Gama Lima), LAN (para lã), SDS (para sauda-ções).
Além disso recomenda usar COMPRARA e não HAVIA COMPRADO; fazer uso de endereço telegráfico (em caso de empresa), suprimir ou reduzir expressões de cortesias, evitar rasuras, não dividir palavras em fim de linha, escrever em letras maiúsculas, deixando dois espaços entre cada Palavra, suprimir hífen (ESCREVANOS no lugar de ESCREVA-NOS), dispensar acentos gráficos, omitir palavras desnecessárias, colocar números em algarismos arábicos (15000 ou QUINZE MIL), escrever datas de forma contínua (120396).
"Existem, também, outras formas convencionais em pontuação, tais como: VG - vírgu-la; PT - Ponto final; PTVG - Ponto e vírgula; BIPT - dois pontos; INT - interrogação; EXC - exclamação; ABRASPAS - abrir aspas; FECHASPAS - fechar aspas". (Comunicação Dirigida Escrita na Empresa, Cleuza G. Gimenes Cesca, Summus Editorial)
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