A atividade inventiva é algo muito subjetivo. Existe o ponto de vista do inventor que fala sempre com especial paixão das suas criações e o ponto de vista dos outros, geralmente mais objetivo. A atividade inventiva, como fenômeno intelectual, possui um caráter difícil de ser medido, apesar de podermos analisar a atividade elétrica do cérebro e os seus padrões. Por isso normalmente a avaliação da atividade inventiva é feita pelos seus resultados.
Os inventores têm os seus direitos garantidos por lei. As empresas que desenvolvem trabalho de invenções têm contratos com os seus colaboradores, onde regulam as questões éticas de propriedade intelectual. Os inventores não devem divulgar e publicar as suas invenções, sem antes ter encaminhado o pedido de patente.
Um pedido de patente é um investimento e, por isso deverá produzir um retorno financeiro a médio ou longo prazo. Certamente, será rentável se a invenção tiver um claro apelo de mercado e, com exclusividade de produção e comercialização do produto, essa rentabilidade será ainda maior.
Com um estudo de mercado, através de pesquisa junto ao público, a empresa verificará se pretende ou não proteger a sua invenção, patenteando-a, ou até se pretende ceder os seus direitos, concedendo licenças à outras empresas. No mundo, apenas cerca de dez por cento das universidades participam no processo de criação junto com o inventor . Ou seja, apenas essa pequena parcela sabe como utilizar o conhecimento que sistematiza e tem meios para isso.
Com sua imensa reserva de criatividade, o Brasil tem condições de se igualar com as potências tecnológicas mais desenvolvidas. Mas também pode preferir continuar apenas copiando modelos industriais superados, sem dar condições ao inventor de explorar comercialmente as idéias que viriam permitir ao país produzir e exportar modelos originais. Em geral, as invenções são concebidas por acaso.
Essa idéia errônea, de que os inventores se dispõem a solucionar os problemas enfrentados pela sociedade, nos faz dizer que a necessidade é a mãe das invenções. Na verdade, a invenção é que é a mãe da necessidade, pois ela passa a criar necessidades que antes nunca haviam sido sentidas.
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