A desintegração das estruturas feudais, as grandes descobertas da ciência e a ascensão da burguesia assinalam a emergência do Renascimento. Em contraste à filosofia medieval, dogmática e submissa à Igreja, a filosofia moderna é profana e crítica. Representada por leigos que procuram pensar de acordo com as leis da razão e do conhecimento científico, caracteriza-se pelo antropocentrismo - que considera o homem o centro do Universo - e pelo humanismo. O único método aceitável de investigação filosófica é o que recorre à razão.
René Descartes, criador do cartesianismo, é considerado o fundador da filosofia moderna. Ele inaugura o racionalismo, doutrina que privilegia a razão, considerada alicerce de todo o conhecimento possível. Ao contrário dos antigos pensadores que partiam da certeza, Descartes parte da dúvida metódica, que põe em questão todas as supostas certezas. Ocorre a descoberta da subjetividade, ou seja, o conhecimento do mundo não se faz sem o sujeito que conhece. O foco é deslocado do objeto para o sujeito, da realidade para a razão ("Penso, logo existo").
Além do racionalismo, as principais correntes da filosofia moderna são o empirismo e o idealismo, movimentos que têm relação com a ascensão da burguesia e com a Revolução Industrial.
No século XVII, o inglês Francis Bacon esboça as bases do método experimental, o empirismo, que considera o conhecimento como resultado da experiência sensível. Na mesma linha estão Thomas Hobbes, John Locke e David Hume.
Nenhum comentário:
Postar um comentário