Originada da Comunidade Econômica Européia (CEE), a UE é o segundo maior bloco econômico do mundo em termos de PIB: 8,3 trilhões de dólares. Formado por 15 países da Europa Ocidental, conta com população de 375,2 milhões. Em 1992 é consolidado o Mercado Comum Europeu, com a eliminação das barreiras alfandegárias entre os países-membros. Aprovado em 1991, em Maastricht (Holanda), o Tratado da União Européia entra em vigor em 1993.
É composto de dois outros - o da União Política e o da União Monetária e Econômica, que estabelece a criação de uma moeda única. Há cinco pré-requisitos para que os países sejam admitidos na União Monetária e Econômica: déficit público máximo de 3% do PIB; inflação baixa e controlada; dívida pública de no máximo 60% do PIB; moeda estável, dentro da banda de flutuação do Mecanismo Europeu de Câmbio; e taxa de juro de longo prazo controlada. No âmbito social são definidos quatro direitos básicos dos cidadãos da UE: livre circulação, assistência previdenciária, igualdade entre homens e mulheres e melhores condições de trabalho.
Em 15 de março de 1999, todos os 20 integrantes da Comissão Européia - órgão executivo da UE - renunciam, depois que vários deles são acusados, pelo Parlamento Europeu, de irregularidades e apadrinhamento. Em maio, o Parlamento aprova a nomeação do ex-primeiro-ministro italiano Romano Prodi para a presidência da Comissão. Em junho, os partidos de centro-direita obtêm a maioria nas eleições para o Parlamento Europeu. No mesmo mês, a UE chega a um acordo para lançar, em 1.o de julho de 2001, as negociações sobre livre comércio com o Mercosul.
A cúpula da UE em dezembro de 1999, na Finlândia, decidiu ampliar de 15 para 27 o número de membros. A Turquia recebeu status de candidato à UE. A UE também decide criar até 2003 uma força de paz de 60 mil homens para intervir em conflitos no continente.
Implantação do euro - Onze países participam do lançamento da nova moeda em 1.o de janeiro de 1999: Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, França, Finlândia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Holanda (Países Baixos) e Portugal. Inicialmente, o euro será usado apenas em transações bancárias. Em 2002, as notas começarão a circular na Europa com poder legal para efetuar quaisquer pagamentos, e as moedas nacionais serão extintas.
Com o euro, uma moeda européia forte lastreada em economias poderosas passa a competir com o dólar norte-americano no mercado internacional. Porém, o elevado desemprego na Europa, a desaceleração econômica da Alemanha, a guerra em Kosovo e o aquecimento da economia norte-americana fazem o euro despencar, de janeiro a junho, quase 12% em relação ao dólar. Em meados de junho, a moeda se recupera.
Fora do euro - Reino Unido, Suécia e Dinamarca não aderem a essa primeira fase do euro, apesar de terem cumprido as exigências, por temer as conseqüências da perda de soberania que representa o fim da emissão de sua moeda própria. A Dinamarca fará um referendo em setembro de 2000 para decidir o ingresso e o governo britânico promete realizar consulta popular após as eleições parlamentares de 2001, após avaliar se as condições econômicas são adequadas. A Grécia não preenche as condições exigidas até março de 1998, mas em 2000 é acertada sua adesão em 2001. A UE negocia com outros 11 países protocolos de adesão ao bloco. Polônia, Hungria, Eslovênia, Estônia e Chipre podem ser admitidos a partir de janeiro de 2003, pois a situação de suas economias é considerada satisfatória. A República Tcheca, que anteriormente fazia parte dessa lista, deve antes melhorar a convivência com os ciganos: em 1999, uma cidade tcheca construiu um muro para mantê-los a distância, fato considerado inadmissível pela UE. Em 2000 iniciam-se as negociações com Letônia, Lituânia, Eslováquia, Bulgária, Romênia e Malta. A Turquia, que em 1997 teve seu pedido de entrada recusado por desrespeito aos direitos humanos e à democracia, é aceita como país candidato
Sanções à Áustria - Em fevereiro de 2000, a Comissão Européia impõe sanções diplomáticas à Áustria em resposta ao ingresso do Partido da Liberdade (FPO), de extrema direita, na coalizão de governo. Na prática, as medidas visam ao isolamento político do país enquanto o FPO estiver no poder. Há o temor de que a Áustria - que, como os demais membros da UE tem poder de veto - possa obstruir decisões importantes, como, por exemplo, a expansão para o Leste Europeu. O FPO tem-se oposto à ampliação da UE, por temer o aumento da imigração.
Durante reunião de cúpula, em março, o bloco firma um acordo de livre comércio com o México, o mais amplo assinado com um país fora da UE. Em junho, o Banco Central Europeu (BCE) prevê crescimento de 3% na economia na zona do euro em 2001 e eleva as taxas de juros para deter a queda da moeda única, que caiu mais 6% no primeiro semestre diante do dólar.
Membros - Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Holanda (Países Baixos), Portugal, Reino Unido e Suécia.
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